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Violência contra a mulher: a pandemia que não cessa

Postado em 24/Julho/2020
Por conta do confinamento causado pela pandemia do Covid-19, as mulheres enfrentam um duplo medo: um vírus assustador e a violência doméstica.
Pesquisas apontam que as denúncias de violência doméstica cresceram em todo país neste período de isolamento social, mesmo com a queda de registros telefônicos em todos os estados. Esse fato se deu por conta de o medo da mulher realizar a denúncia com o agressor presente.
De acordo com um levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública – FBSP, o número de denúncias de violência contra a mulher cresceu principalmente em seis estados brasileiros em comparação à 2019, são eles: São Paulo, Acre, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Pará.
São dados preocupantes e alarmantes para uma sociedade que já é recheada de preconceitos e violência. Para atentar a população sobre esse crescimento, diversos Institutos, Empresas e Militantes criaram conteúdos para diversos veículos e mídias sociais que demonstram o que é considerado violência doméstica e com o objetivo de conscientização e, em casos mais sérios, de denúncias.
Para denunciar, ligue para o número 180. Este serviço público e gratuito é uma Central de Atendimento à mulher em situação vulnerável e o seu registro é realizada de forma anônima/confidencial. Caso você esteja em outro país, consulte o número de telefone para denúncias clicando aqui: https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/politicas-para-mulheres/ligue-180.
E é possível realizar a denúncia também pelo 190 – Polícia Militar, serviço público e gratuito.
E para você que ainda não conhece sobre o assunto, deixamos como dica fundamental o site do Instituto Maria da Penha, organização sem fins lucrativos (ONG) lançada em 2009, que tem como um dos propósitos elevar a qualidade de vida física, emocional e intelectual das mulheres. Para conhecer, é só clicar aqui: https://www.institutomariadapenha.org.br/quem-somos.html.
Conheça também o projeto Quebrando o Silêncio, promovido desde 2002 pela Igreja Adventista do Sétimo Dia em oito países da América do Sul com o objetivo de prevenir a violência doméstica.
A ajuda a mulheres em situação de violência pode vir da sua rede de relacionamentos, como amigos, vizinhos, colegas de trabalho, entre outros. Pode ser que você conheça alguém que esteja passando por uma situação semelhante por perto, seja de violência física, verbal, psicológica ou sexual, ou quem sabe ser a própria vítima.
O silêncio perpetua a ação do abusador ou agressor, portanto, o maior desafio de alguém que deseja ajudar, é vencer o medo e romper o silêncio.
Ao olhar para a condição atual de uma sociedade em sofrimento, há o desafio em tempos de quarentena, de preservar relacionamentos saudáveis, criando um ambiente de respeito, diálogo e afeto, principalmente na dinâmica familiar. Em situações de adoecimento psicológico, a busca por ajuda profissional é o aconselhável. Como comunidade cristã, o trabalho de conscientização e suporte espiritual é uma ferramenta importante no contexto de promover de qualidade de vida e apoio a saúde espiritual.
Para concluir, confira abaixo mensagens fundamentais que Ellen G. White deixou para os maridos abusivos, ditatoriais, dominadores, egoístas e intolerantes no livro O Lar Adventista, p. 225-227:
"Muitos maridos não compreendem e não apreciam suficientemente os cuidados e perplexidades que suas esposas suportam, geralmente confinadas o dia todo à incessante rotina dos deveres domésticos.
Tua vida seria muito mais feliz se não sentisses que estás investido de absoluta autoridade porque és marido e pai. Tua conduta mostra que interpretas mal tua posição de marido, isto é, laço de união do lar. És nervoso e ditatorial e muitas vezes manifestas grande falta de senso, de maneira que em qualquer tempo que considerares tua conduta nessas ocasiões, ela não pode parecer razoável para com tua esposa e teus filhos. Uma vez havendo tomado uma posição, raramente te mostras disposto a dela afastar-te. Estás determinado a executar teus planos, quando muitas vezes não estás seguindo reto curso e devias notá-lo. O que necessitas é mais, muito mais, de amor, de longanimidade, e menos de determinação de seguir tua maneira de sentir tanto em palavras como em obras. No curso que estás agora perseguindo, em vez de seres um laço de união da família, serás como um torno para comprimir e martirizar a outros.
Procurando forçar outros a seguir tuas idéias em todo sentido, muitas vezes fazes maior mal do que se abrisses mão desses pontos. Isto é verdade mesmo quando tuas idéias são corretas em si mesmas, mas não o são em muitas coisas; eles são sobrecarregados como resultado das peculiaridades de tua administração; assim inculcas as coisas erradas de maneira forte e irrazoável.
Tens pontos de vista peculiares com respeito à condução da família. Exerces um poder independente, arbitrário, que não permite liberdade de opiniões em torno de ti. Pensas que és suficiente para ser a cabeça em tua família e entendes que tua cabeça é suficiente para mover cada membro, como uma máquina funciona nas mãos do operador. Ditas e assumes autoridade. Isto desagrada o Céu e fere os santos anjos. Tens-te conduzido em tua família como se unicamente fosses capaz de autogoverno. Ofendes-te se tua esposa se aventura a opor-se a tuas opiniões ou questione tuas decisões.
Esperas demasiado de tua esposa e filhos. Censuras demais. Se encorajasses em vós mesmo um temperamento alegre e feliz e lhes falasses bondosa e ternamente, levarias para teu lar luz em vez de sombras, tristezas e infelicidade. Preocupas-te demasiado com tua opinião; tomas posições extremas, e não tens permitido que tua esposa tenha no seio de tua família o peso que deveria ter. Não tens encorajado o teu próprio respeito por tua esposa nem educado os filhos para que lhe respeitem o julgamento. Não a tendes feito tua igual, antes tens tomado em tuas mãos as rédeas do governo e controle, e as tens mantido firmemente. Não possuis disposição de afeição e simpatia. Necessitas cultivar esses traços de caráter se queres ser um vencedor e se desejas as bênçãos de Deus em tua família.
Devem os maridos ser cuidadosos, atentos, constantes, fiéis e compassivos. Devem manifestar amor e simpatia. Quando o marido tem a nobreza de caráter, a pureza de coração, a elevação de espírito que deve possuir todo verdadeiro cristão isso será manifesto na relação matrimonial. Ele procurará conservar a esposa com boa saúde e ânimo. Esforçar-se-á por falar palavras de conforto, criar uma atmosfera de paz no círculo familiar."
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